terça-feira, 28 de julho de 2009

Um pequeno forum:

Você já foi vítima de assédio religioso?
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TEMA 04
Metade dos jovens acessa conteúdo impróprio na internet
Que o mundo da internet oferece muitos perigos, não é novidade. Mas o que muitos pais nem suspeitam é que mais da metade das crianças e jovens que navegam pela rede já tiveram contato com conteúdos impróprios ou considerados agressivos para sua idade. E o pior: ainda não há lei que determine punição para quem alicia, constrange ou expõe esses conteúdos – entre eles a pornografia infantil – na internet.
Além de visitarem sites impróprios e de exporem sua vida pessoal na rede, muitos jovens acabam ligando os dois mundos sem se preocupar com a própria segurança. Quase um terço das crianças e adolescentes disseram já ter se encontrado com um amigo conhecido através da internet. Outro fator preocupante é que entre quem já foi a esses encontros, 65% o fizeram sozinhos, segundo a pesquisa realizada pela Safernet Brasil. "O perigo é ir. Pode ser simplesmente um amiguinho, mas pode ser uma tentativa de seqüestro", alertou o diretor de Prevenção e Atendimento da organização, Rodrigo Nejm, que também é psicólogo. Ele lembra que qualquer encontro presencial com amigos virtuais só deve acontecer com a participação dos pais, em locais públicos. "Muitos não levam em consideração que a pessoa pode não ser quem diz que é".
Mesmo que não saiam de casa, crianças e adolescentes também estão se expondo a riscos diversos na internet quando divulgam seus dados: "Sempre perguntamos a eles se esse tipo de informação, como fotos e dados pessoais, poderiam ir para o mural da escola, ou a rua, por exemplo. O mesmo vale para a internet, que também é um espaço público". A definição de regras pelos pais deve ser feita junto com os filhos, segundo Nejm, sem esquecer que a internet já faz parte da vida deles. "Muitos dizem que não imaginam a vida sem a internet. Jamais o pai deve proibir. Eles devem usar junto, dar dicas de segurança".
Cláudia Feliz, A Gazeta, 10/10/08

Como o jovem está usando a internet
Os perigos
1. 53% das crianças e jovens que participaram da pesquisa disseram que já acessaram conteúdos agressivos ou impróprios pela internet.
2. Cerca de 40% dos pesquisados ficam mais de quatro horas navegando na rede
3. 64% dos jovens usam a internet no próprio quarto
4. 87% dos jovens internautas afirmam que não possuem restrição ao uso da internet
5. 28% dos jovens disseram já ter se encontrado com alguém conhecido pela internet. Entre os que responderam sim a essa pergunta, 65% disseram ter ido sozinhos ao encontro
6. 80% dos jovens preferem os sites de relacionamento – mais, inclusive, que comunicadores instantâneos, como o MSN, por exemplo.
7. Cerca de 32% dos jovens brasileiros começou a usar a internet entre 5 e 9 anos de idade. 80% afirmam ser muito mais habilidosos que os pais e 49% dizem ter aprendido a usar a internet sozinhos

A reação dos pais
1. 84% dos pais têm medo que os filhos entrem em contato com um adulto mal-intencionado pela rede e 74% temem que eles tenham contato com conteúdos impróprios
2. 40% dos jovens já disseram aos pais que se sentiram constrangidos ou incomodados por causa de conteúdos da internet
3. 63% dos pais afirmam que não impõem regras para os filhos em relação ao uso da internet
4. 79% dos pais dizem que querem saber mais sobre como educar os filhos para o uso seguro da internet
5. 24% dos pais não sabem informar se os filhos têm ou não amigos virtuais e 36% dizem até que os filhos não têm este tipo de amizade, mesmo que as respostas dos filhos apontem o contrário (79% dos jovens disseram ter ao menos um amigo virtual)
6. apenas 30% dos pais dizem utilizar sites de relacionamento (os mais usados pelos jovens) e 46% disseram preferir usar o e-mail. 45% disseram preferir acessar notícias pela internet
7. 72% de jovens. É o percentual, entre os internautas pesquisados, que põe fotos pessoais na internet. Uma quantidade maior (84%) compartilha nomes próprios e 61% divulga a data de aniversário
Dados: Pesquisa feita pela Organização Não Governamental Safernet Brasil, voltada para o combate de crimes cibernéticos e para o uso seguro da internet por crianças e adolescentes
Thiago Tavares, presidente da Safernet Brasil e professor de Direito Cibernético.

Escreva um texto ARGUMENTATIVO, tecendo reflexões sobre o tema acima exposto e sugerindo alternativas para minimizar o problema.
TEMA 03
Fragmento 01
Falta de expectativas quanto ao futuro é principal motivo de evasão escolar
Jovens em idade escolar abandonam estudos mesmo tendo condições financeiras para prosseguir. O motivo está ligado à falta de conhecimento quanto aos benefícios da educação sentidos ao longo dos anos. Os adolescentes querem respostas rápidas as suas necessidades sociais, e a escola e a comunidade ainda não foram capazes de provar a importância da formação para o futuro profissional. A cada cinco jovens entre 15 e 17 anos que se matriculam nas escolas, um abandona os estudos.
A conclusão foi divulgada no relatório “Motivos da evasão escolar”, produzido do Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e coordenado pelo economista Marcelo Neri.
Segundo o estudo, na faixa etária dos 15 a 17 anos “residem os maiores obstáculos para a repulsão escolar e onde começam a se multiplicar os fatores de atração trabalhista”. Em entrevista, feita para a Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad), pais e adolescentes apontaram que os fatores que mais influenciam para o abandono dos estudos são: dificuldade de acesso à escola (10,9%); necessidade de trabalho e geração de renda (27,1%), falta de interesse (40,3%), e outros motivos (21,7%).
Os dados obtidos pela Pnad permitem visualizar que a necessidade de geração de renda (27,1%), ao contrário do que se pensava, não é o principal motivo do abandono aos estudos. A falta de interesse, aparece em destaque.
http://blogln.ning.com/profiles/blogs/falta-de-expectativas-quanto

Fragmento 02
Principais motivos
Um dos motivos do abandono escolar é a falta de conhecimento quanto aos ganhos reais da educação. Além disso, o processo de aquecimento do mercado de trabalho brasileiro, somado à má distribuição de renda entre as famílias, teria condicionado o jovem a se interessar mais pela busca do primeiro emprego, vendo no mundo do trabalho uma porta de entrada para a sociedade do consumo.
Na cultura popular, tanto rural quanto urbana, o trabalho é uma necessidade que se coloca muito precocemente para a pessoa. É uma necessidade econômica, que visa a proporcionar autonomia em relação à família, ao mesmo tempo, em que ajuda a provê-la; além de ser também uma forma de sociabilidade, de formação.
Priorizar os estudos seria uma prática nova para as famílias das classes populares. O trabalho, ainda mais entre as classes desfavorecidas, é o que vai responder pelo sustento do dia a dia. Isso ganha proporções mais elevadas onde não existe um projeto para o futuro.

A reafirmação pelo consumo
O forte “apelo ao consumo” é o que leva adolescentes de 15 a 17 anos a trocarem os bancos escolares pelo trabalho, mesmo que tendo condições sociais para prosseguir. Fazer parte de uma turma requer portar marcas, adquirir determinados bens, freqüentar determinados ambientes, tudo isso requer recursos...
Roseli Aparecida Figaro, Doutora em Ciências da Comunicação e especialista
em Comunicação e Trabalho.In: Gazeta do povo, 23 de abril de 2009.


Tomando por base os fragmentos aqui fornecidos e sua observação do panorama social ao seu redor, realize um texto dissertativo-argumentativo sobre OS MOTIVOS DO DESINTERESSE NA EDUCAÇÃO e da EVASÃO ESCOLAR.
TEMA 02
Glamourização do crime

Fragmento 01
Espaço aberto
Desde o início de minha militância na imprensa, tenho-me insurgido contra esse piedoso lugar-comum que inocenta a pessoa do criminoso, atribuindo sua conduta agressiva à miséria e à desigualdade social. O criminoso seria sempre inocente, culpada é a sociedade que o gerou e o mantém sem recursos nem assistência. A glamourização do crime seduz os jovens de todas as classes sociais, não só os adolescentes das favelas, como o “filhinho de papai” da classe média alta ingressando em quadrilhas para assaltar apartamentos de luxo. E, no fundo, mais do que as carências sociais, econômicas e educacionais, é essa glamourização do crime e da violência, encarnada na figura dos mocinhos da bandidagem, o fator decisivo que empurra o jovem para o teatro da infração penal.

Gilberto de Mello Kujawski, escritor e jornalista, ESTADO DE S. PAULO,quinta-feira, 22 de julho de 2004.
Fragmento 02
Fizemos um levantamento na Cidade de Deus e concluímos que apenas 2% da população de lá está envolvida com o crime. Como explicar que a maioria das pessoas não se envolveu com o tráfico? Certamente tem algo a mais aí. Parece-me o fato de que alguns se deixam seduzir por uma imagem da masculinidade que está associada ao uso da arma de fogo e à disposição para matar, ter dinheiro no bolso e se exibir para algumas mulheres. Esse é um fenômeno que está sendo muito estudado nos EUA e na Europa e diz respeito a homens que têm alguma dificuldade de construir uma imagem positiva de si mesmos. Precisam da admiração ou do respeito por meio do medo imposto aos outros. Por isso se exibem com armas e demonstram crueldade diante do inimigo.
Apenas a pobreza e a desigualdade não explicam a atração da juventude pela criminalidade. É preciso ultrapassar a argumentação simplista do determinismo econômico que faz com que se pense que toda a questão da violência e da criminalidade possa ser explicada apenas pela pobreza e pela desigualdade. A pobreza só se detona em combustível da criminalidade quando inflamada pela faísca da glamurização da bandidagem, a imagem do "macho cruel" exaltado como herói do crime.
Chamo a atenção para a responsabilidade da imprensa. As fotos de traficantes e matadores colocadas em destaque nas primeiras páginas dos jornais servem de incentivo aos jovens criminosos em busca da fama. Conhecidos pela sua dureza, os traficantes sentem-se consagrados quando seus rostos aparecem circulando na mídia. A glamourização do crime seria ainda beneficiada, portanto, pela cobertura sensacionalista da imprensa.
Alba Zaluar, antropóloga
Fragmento 03
Bandido sangue bom (trecho adaptado)
Outro assunto interessante foi o Cara de Cavalo, um bandido sem nenhuma importância que entrou no noticiário policial. Foi um mito construído pela imprensa. Tinha uma mulher na zona, assaltava ponto de bicho em Vila Isabel, era adepto da estratégia Robin Hood de roubar dos ricos para dar aos pobres, e fumava uma maconhazinha; não era um bandido de expressão. Foi morto aos 23 anos com mais de cem tiros. A morte de Cara de Cavalo voltou a ser destaque na imprensa carioca quando o artista plástico Hélio Oiticica, que usou a marginalidade social, a repressão política e a revolta individual como tema de suas obras nos anos 60, homenageou o bandido com alguns de seus trabalhos. Sobre ele, Oiticica escreveu: "O crime é a busca desesperada da felicidade autêntica, em contraposição aos falsos valores sociais". Em outras palavras: “a violência é justificada como sentido de revolta, mas nunca como o de opressão”.
Marcelo Monteiro, E por falar em favela, publicado em 11/12/2002
Fragmento 04
Glamour: encantamento, modismo, magia. Expressão popularizada no âmbito de moda, diz respeito a eventos e comportamentos dignos de terem aceitação e de
serem vistos com bons olhos, admiração, cobiça.
Com base nos textos oferecidos e em dados de seu conhecimento, escreva um texto dissertativo argumentativo desenvolvendo reflexões sobre o tema: GLAMOURIZAÇÃO DO CRIME.

Propostas de redação: semana 04 julho

TEMA 01 Vigilantismo na internet
Fragmento 01
Crimes na internet : Ministério da Justiça quer guardar informações pessoais dos usuários
Uma sugestão do Ministério da Justiça (MJ) promete aquecer os ânimos da sociedade civil sobre a lei de crimes cometidos pela internet. A proposta se refere aos provedores de acesso à rede. Em reportagem publicada em 26 de março de 2009, o site
Congresso em Foco informou que o MJ quer que as empresas armazenem por três anos, em um banco de dados, as informações pessoais dos usuários.
A mudança seria no artigo 22 do Projeto de Lei 84/99, elaborado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que corre na Câmara. Pela alteração, os provedores seriam obrigados a armazenar informações privadas dos usuários, desde sites visitados, tempo de navegação, e horários de entrada e saída dos endereços eletrônicos.
Com a justificativa de melhorar as investigações de crimes pela internet da Polícia Federal (PF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o MJ pede ainda que os provedores guardem o nome completo do usuário, filiação e número de registro de pessoa física ou jurídica. Medidas e processos de segurança voltados para os usuários também estão na proposta.
Sérgio Amadeu da Silveira, sociólogo e Doutor em Ciência Política. In: Blog do Amadeu.
http://samadeu.blogspot.com/
Fragmento 02
Jomar Silva esclarece porque o projeto do senador Eduardo Azeredo é inócuo contra os criminosos
Para explicar a medida proposta de um jeito muito simples, vou transpor o que ela propõe para o “mundo real”, e vejamos se após esta comparação vocês ainda vão querer defender tal medida.
Os números da criminalidade no Brasil crescem de ano a ano, e tal como no mundo virtual, existem alguns casos onde a polícia pode fazer muito pouco, pois é complicado descobrir (e provar) quem estava efetivamente em um local onde um crime foi cometido. Mesmo assim, ela faz seu trabalho de acordo com as condições legais existentes no Brasil hoje.
Se o projeto em discussão fosse apresentado para resolver o problema da criminalidade “no mundo real”, olha só o que ele iria propor: “Todo comércio ou empresa (pessoa jurídica), prestadora de serviços de acesso (ex. transporte público) ou conteúdo (bens e serviços em geral) deverá manter durante três anos um histórico de todas as pessoas que utilizaram seus serviços, registrando seu RG, filiação e outros dados que permitam identificar os cidadãos.”
Será que o “criminoso”, sabendo que todos os seus passos serão anotados, vai utilizar o seus documentos verdadeiros no dia a dia ? Será que os transtornos que uma medida dessa irá causar, vão trazer com certeza algum ganho ? Será que uma sociedade que vive assim pode ser chamada de sociedade democrática ?
Fiz esta analogia, pois a lei em discussão pretende fazer isso no acesso à Internet e sendo assim, vai inviabilizar a utilização redes abertas, pois a implementação e manutenção de um controle como este vai custar caro. Eu concordo que o Cibercrime deve ser combatido, concordo que a polícia deve ter seus mecanismos de investigação muito bem afinados agora fica difícil como cidadão aceitar mais esta conta para pagar, sendo que ela não é, nem de longe, uma solução aceitável para o problema.
Jomar Silva, especialista em Segurança da Informação. In: In:Blog do Amadeu.
http://samadeu.blogspot.com/
Com base nas informações dadas na coletânea e em suas convicções pessoais, DISSERTE, posicionando-se contrária ou a favoravelmente à proposta do senador Eduardo Azeredo, de instaurar um sistema de VIGILÂNCIA NA INTERNET.
Importante: a) caso adote ponto de vista favorável à proposta do senador Azeredo, na defesa de seu posicionamento, você deverá contestar alguma(s) das ideias de Jomar Silva. b) Caso adote ponto de vista contrário à proposta do senador, na defesa de seu posicionamento, você deverá manifestar concordância com alguma(s) das ideias de Jomar Silva.

sábado, 18 de julho de 2009

VEST UFES DE INVERNO, 2009

"Usos e efeitos do trocadilho"... Esse foi o tema do Vestibular de inverno 2009 da UFES. Foi cobrado dos alunos que escrevessem um Editorial com esse título. Por que propor um tema como esse?

Apesar de os candidatos, muitos deles, pelo menos a maioria arrasante dos meus alunos, terem achado absurda a proposta, acredito que existem pelo menos três razões bastantemente lógicas para essa escolha.

A primeira delas era fugir do crivo do professor de cursinho: se aparecesse na prova um tema como "pedofilia", ou "violência", ou qualquer coisa óbvia do tipo, é quase certo que os alunos apresentariam na prova as ideias já "chutadas'' por seus professores.

O segundo motivo lógico em que creio deriva desse primeiro: o fato de um dos interesses centrais do elaborador da prova, e mesmo da aplicação de uma prova de produção de texto, ser a necessidade de conhecer a capacidade dos alunos de se manifestarem sobre temas variados, de pensarem por conta própria, enfim, saber "que tipo de gente está se candidatando à vida acadêmica"...

O terceiro tópico desta lista não é tão lógico assim... Na verdade, não passa de uma dedução. Acho que este, como vários outros dos temas de vestibulares e do ENEM, foi mais um recado aos "formadores de imitadores", ensinadores de fórmulas, dos cursinhos pré-universitários. Talvez um recado... Talvez um pedido, mas em todo caso um alerta: não adianta ensinar fórmulas; é preciso ensinar a pensar; urge servir de mediador ao exercício da formação de opinião desses meninos que se desesperam em face de qualquer coisa que não seja previsível.

Eu, também professora de cursinho, admito: foi uma surpresa. Mas desabafo: o peso de formar imitadores incapazes de reagir diante de uma surpresa sequer visita meus ombros.

Agora, que venham os resultados. E com uma garantia: se o que conseguimos pensar por conta própria, de maneira autônoma (não filiada) e equilibrada realmente vale alguma coisa, nao seremos mais julgados pela nossa habilidade esportiva (de chutar no lugar certo), mas sim pelo nosso diferencial humano - a faculdade do pensamento.

Sucesso a todos os candidatos! E... um recadinho: sob nenhuma hipótese desistam; cuidado mesmo: desistir pode virar hábito!

Professora Tuca